Coronel da PM denunciado por estupro de menina de 11 anos tem prisão decretada e se apresenta em quartel
31/10/2024
Vara judicial de Paulistana decretou o recolhimento do coronel durante as investigações. A defesa do coronel informou à TV Clube que ele se apresentou espontaneamente no Quartel do Comando Geral da PM do Piauí nesta quinta-feira (31). Promotor fala sobre medidas após denúncia de abuso sexual de criança
A Comarca da Justiça de Paulistana decretou a prisão do coronel da Polícia Militar chamado Ricardo Almeida, que foi denunciado por abusar de uma criança de 11 anos na cidade.
A defesa do coronel informou à TV Clube que ele se apresentou espontaneamente no Quartel do Comando Geral da PM do Piauí nesta quinta-feira (31).
O promotor Assuero Stevenson, titular da 9ª Vara Criminal de Teresina, de Auditoria Militar, informou que determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar para apurar se o coronel teria se valido da posição de coronel para cometer o crime (Vídeo acima). O Inquérito Policial Militar acontece de forma independente à investigação da Polícia Civil.
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"São fatos graves. Ontem eu recebi uma ligação de um pai que estava desesperado porque a filha dele também tinha sido abusada por esse policial quando ela tinha 10 anos. Hoje ele já fez uma declaração na promotoria, e encaminhei. Não vou identificar a garota, mas os fatos que ela trouxe também são repugnantes", comentou o promotor Assuero.
Mãe faz denúncia
Uma mulher não identificada usou as redes sociais para denunciar que sua filha de 11 anos foi abusada sexualmente por um coronel da Polícia Militar do Piauí. O g1 não conseguiu entrar em contato com o coronel para comentar o caso.
A Divisão de Atendimento às Mulheres e Grupos Vulneráveis de Paulistana (Deamgv) de Paulistana, localizada a 474 km de Teresina, está investigando o caso.
Em nota, a Polícia Militar do Piauí informou que a Corregedoria-Geral irá pedir cópias do inquérito policial para a instaurar de um procedimento administrativo, e o oficial ficará afastado de suas funções durante as apurações.
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No relato publicado, a mãe conta que o crime ocorreu na residência dos avós paternos da menina, em Paulistana. Ela não dá detalhes sobre como ele teria cometido o crime. Segundo a mulher, a filha está traumatizada e não brinca mais com colegas.
“Minha filha foi abusada por um monstro [...]. O fato aconteceu na casa dos avós paternos. (..) Um dia minha filha me ligou aos prantos pedindo: ‘mamãe, venha me buscar’. Achei estranho, pois ela gostava de lá. (...) Peço justiça, quero justiça. Eu não vou me calar”, iniciou a mulher.
“Hoje estou com a minha filha traumatizada e não estou indo trabalhar, pois sempre tem que ter uma pessoa com ela. (...) Ele abusou da minha filha dentro da casa dos avós. Ela relatou que não foi a primeira vez. (...) Minha filha só tem 11 anos e é inocente. Hoje ela não joga bola, não vai mais para a pracinha brincar com as amiguinhas dela. Agora sempre tem que ter um adulto perto dela”, completou a mãe.
Polícia Civil investiga denúncia
Em nota, a delegada Thainah de Souza Teixeira, da Divisão de Atendimento às Mulheres e Grupos Vulneráveis de Paulistana (Deamgv) de Paulistana, declarou que está investigando a denúncia de estupro de vulnerável. Confira:
Leia abaixo a nota completa da Deamgv:
A Divisão de Atendimento às Mulheres e Grupos Vulneráveis de Paulistana (Deamgv) de Paulistana, informa que as investigações referentes ao caso em questão estão em andamento. Reforçamos que, por se tratar de uma apuração sigilosa, não é possível fornecer mais detalhes neste momento, a fim de preservar a eficácia dos trabalhos e evitar prejuízos à investigação.
Esclarecemos que todas as diligências necessárias foram realizadas até o momento, e novas ações poderão ser tomadas conforme o desenvolvimento dos fatos e a necessidade da elucidação completa do caso.
Leia abaixo o comunicado da PM-PI sobre o caso
A Polícia militar do Piauí vem a público se pronunciar em razão da circulação, nas redes sociais, de um vídeo em que são atribuídas acusações de crime de estupro de vulnerável envolvendo um oficial da instituição.
A corporação está em contato com a Polícia Civil do Piauí para obter informações sobre a instauração de inquérito policial, dado que o caso envolve um crime de competência da esfera comum.
No âmbito militar, a Polícia Militar, por meio da Corregedoria-Geral, adotará as devidas providências e solicitará cópias do inquérito policial para a instauração de um procedimento administrativo, onde o referido oficial ficará afastado de suas funções durante as apurações.
A instituição reafirma seu compromisso com a transparência, o rigor e o respeito às normas e leis vigentes na condução deste caso.
*Estagiária sob a supervisão de Andrê Nascimento
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